PCP ACUSA GOVERNOS PELO ESTADO DA FLORESTA E ABANDONO RURAL.

O PCP atribui importância crucial ao “estado da floresta e o abandono rural/agrícola” no agravamento da área ardida. Diz que a “falta de ordenamento florestal, o abandono das terras, consequência da política agrícola seguida pelos sucessivos governos PS, PSD e CDS, e que contribuiu para a desertificação humana e económica de muitas regiões, os difíceis acessos, particularmente junto às linhas de água, a falta de pontos de água e a limpeza das matas são os factores que, em Sever do Vouga e na grande maioria do país, são apontados como os principais constrangimentos às operações de combate a incêndios florestais”.

Ideia transmitida no decurso de uma visita do deputado Miguel Tiago ao concelho de Sever do Vouga e às áreas ardidas. Nesta viagem o deputado acusou os governos de terem reduzido o corpo efectivo de 1500 guardas-florestais, que estava sob tutela do Ministério da Agricultura e que, nos anos de 2003 e 2005 já tinha sido reduzido a 400 ou 500. Recorda que “em 2006 os guardas-florestais foram integrados na GNR, com problemas ainda hoje por resolver, e passaram para a tutela do Ministério da Administração Interna”.

Depois de concluir que o Governo empurrou os problemas para a esfera das autarquias, diz que vai “colocar estes problemas em discussão na Assembleia da República”.


Diário de Aveiro


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