PESCADORES NÃO CONCORDAM COM USO OBRIGATÓRIO DE COLETES.

O presidente da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro diz que a obrigatoriedade do uso do colete não faz muito sentido na pesca de interior na ria. Adelino Palão comentou, esta forma, a entrada em vigor do Decreto-Lei que altera o regulamento dos meios de salvação. Os pescadores da pesca local, quando em operação, têm de envergar os coletes quando até agora bastava ter os meios nas embarcações.

"Colete sim, normas para salvaguardar as vidas humanas sim, mas completamente ajustadas a cada situação. O futuro me vai dar razão. A regra do colete nos casos de morte na costa e águas interiores o colete não vai minimizar essas causas. A nossa pesca é manual Tudo o que seja correias e alças no corpo impede esses movimentos e é uma pesca que não se faz com mau tempo”, explicava Adelino Palão em declarações ao site “noticiasdeaveiro”.

Ainda assim, Adelino Palão admite que a pesca do robalo é desenvolvida em situações complicadas e que leva os pescadores a esquecerem regras de segurança. “Facilita-se um bocado. A pesca do robalo é a pesca que mais pescadores tem levado. Faz-se na rebentação, em locais perigosos e em que por vezes se esquecem as regras de segurança”, adverte o presidente da APARA.

Os pescadores torcem o nariz à obrigatoriedade de usar colecte quando em operação. Consideram a medida desajustada da realidade. O preço do colete, a rondar 50 euros, é comparticipado em 90% pelo Plano Operacional da Pesca, mas teme-se que a manutenção e substituição possam vir a sair caras aos bolsos dos pescadores.


Diário de Aveiro


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