SAD DO BEIRA-MAR COM UM MILHÃO DE EUROS DE CAPITAL SOCIAL. MAJID PISHYAR É O INVESTIDOR.

A Direcção do Beira-Mar vai propor aos sócios a participação numa Sociedade Anónima Desportiva (SAD), tendo já apresentado as linhas principais do projecto. "Encontrámos um investidor que está na disposição de ser parceiro, de criar um grupo coeso", adiantou o presidente do clube, António Regala.

Majid Pishyar, empresário iraniano que opera a partir do Dubai, é o investidor. Já esteve em Aveiro a assistir, por exemplo, aos jogos com Benfica e FC Porto. É o actual presidente do Servette, clube da II divisão suiça treinado pelo português João Alves que luta pela subida.

O investidor já emprestou ao Beira-Mar uma quantia que rondará 500 mil euros e está em sintonia com decisões desportivas, nomeadamente aquando da contratação do treinador Rui Bento. No âmbito do protocolo a celebrar entre as partes, caso seja dada luz verde à SAD pela Assembleia Geral, o parceiro assumirá grande parte do passivo que ameaça asfixiar o clube (processos judiciais, penhoras, inibição de ter contas bancárias, etc.), negociando o seu pagamento. "Não se trata de um empréstimo, é alguém que faz um investimento", esclareceu o presidente do Beira-Mar. Regala admitiu que serão dadas garantias, nomeadamente passes de jogadores e património (pavilhão e a antiga sede, logo que desoneradas de arrestos motivados por ex-dirigentes).

A SAD, a ser aprovada, será criada logo após a reunião magna de sócios, devendo o parceiro ocupar a presidência. O Beira-Mar terá, através dos seus representantes, direito de veto em várias matérias, como decorre da lei.

O objectivo é criar uma equipa competitiva "sem entrar em loucuras", mas que, iniciando a próxima época a lutar pela manutenção, possa alcançar o objectivo primeiro "mais facilmente" e, quando tal suceder, traçar metas mais ambiciosas. Entretanto, o clube perdeu o principal patrocinador da época, a Diatosta, o que obriga a acelerar receitas.

O empresário de origem iraniana, a confirmar-se, será a terceira parceria do Beira-Mar com capitais estrangeiros. Anteriores acordos de agenciamento de jogadores com os ingleses da Stellar Group (presidência de Mano Nunes) e a empresa espanhola Inverfubol (presidência de Artur Filipe) não tiveram sucesso desportivo e, no último caso, implicaram encargos ainda hoje por suportar.

Fonte: NA


Diário de Aveiro


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