TRADIÇÃO E MODERNIDADE EM BACALHAU QUE NÃO VAI A CONCURSO PORQUE É “MUITO BOM”.

Honrar a tradição com as necessárias provas de qualidade modernas. São as duas faces do festival do bacalhau que, ontem, viveu a sua primeira noite na edição deste ano no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré. Ribau Esteves deixou a marca expressa na cerimónia de abertura com palavra de confiança nos responsáveis pelos diferentes espaços gastronómicos. “A lógica passa por honrar e multiplicar os valores da tradição com o pretexto da gastronomia, com valores da cultura, da história e da actividade económica”, adianta o autarca.

Ribau Esteves aproveitou esta sessão de abertura para esclarecer a não candidatura do bacalhau ao concurso das maravilhas da gastronomia nacional. Diz que o bacalhau nada tem a provar. “Não quisemos levar o bacalhau a concurso. O que é muito bom e profundo não vai a concurso. Com todo o respeito pelos concurso mas mais respeito pelos homens que fizeram esta história”, justificou o edil.

A Turismo Centro de Portugal, entidade patrocinadora que distingue o festival do Bacalhau com um dos cinco eventos de referência da Região aproveitou para lançar um guia temático dedicado ao bacalhau e à faina maior. Pedro Machado realça esse investimento que é um compromisso com as marcas mais tradicionais. “Quisemos dar contributo não apenas no montante financeiro mas também ir mais longe perpetuando o festival através desta brochura”.

Na mesma cerimónia o presidente da Turismo do Centro de Portugal fez, ainda, a ligação entre diferentes produtos da região e deu como exemplo o azeite fornecido no evento. “Cerca de 850 litros de azeite da Idanha. Vem reforçar o casamento entre o bacalhau e o azeite mas também significa o reforço da coesão do território”, sublinha Pedro Machado.

Entretanto, foi anunciado que uma parte das receitas do festival serão doadas à Associação de Solidariedade Social da Gafanha do Carmo para ajudar a pagar a obra do lar de idosos.


Diário de Aveiro


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