As praxes académicas continuam a marcar o ritmo das academias no início dos anos lectivos. Este ano, uma mãe com filhos que estudam em Aveiro e Coimbra já sugeriu praxes menos prolongadas com final até às 21h00. Diz que é a favor das tradições e das praxes mas que não compreende que a praxe dure até as três da manhã numa opção que pode colocar em causa a saúde dos jovens. Dá como exemplo uma praxe que mistura pares de sapatos em que os alunos podem ficar até às 3 ou 4 da manhã à procura do seu calçado.
“No caso do meu filho, e devido ao problema de ossos que tem, gastei um balúrdio em tratamentos de cortisona, só para ele não faltar as aulas. Eu sei que se pode dizer que se sofre de A ou B, mas muitos não o fazem, são caloiros, não querem penalizações e até acham piada. Mas os pais é que pagam, pagamos a Universidade, pagamos a estadia, pagamos propinas e ainda temos de pagar despesas médicas sem necessidade nenhuma”.
Lembra que muitas famílias não têm condições para deixar os filhos na cidade e que muitos usam comboios e autocarros e que os horários não são compatíveis com esses ritmos.
Esta cidadã diz que envia esta mensagem a diferentes agentes da Academica e nela inclui um elogio à forma como se realizam as praxes em Aveiro. “Mas no fundo, tenho de dar os parabéns a Conselho do Salgado e a Salgadíssima Trindade, órgão máximo da Faina Académica, por aquilo que conseguiram fazer com a praxe académica”. Diário de Aveiro |