VEREADOR MIGUEL FERNANDES RENUNCIOU AO MANDATO NA CÂMARA DE AVEIRO.

A decisão do eleito do CDS foi já formalizada ao executivo camarário liderado por Élio Maia.

Miguel Fernandes justifica a renúncia ao cargo como a "única solução possível para impedir a tentativa perversa e anti-democrática da instrumentalização política" da sua pessoa "para fins partidários e ilegítimos".

O vereador eleito pelo CDS foi afastado de funções executivas juntamente com a vereadora Ana Vitória Neves (independente, PSD), após terem votado contra o contrato de cedência do estádio ao Beira-Mar, em Julho passado. Ambos alegavam que, embora sem tarefas executivas, permaneciam, desde então, a tempo inteiro, atendendo a que o executivo não votou qualquer proposta para a retirada dos pelouros.

As várias tentativas de resolver a suposta ilegalidade foram sendo adiadas pelo presidente da Câmara. Na última reunião camarária, sexta-feira passada, Élio Maia voltou a agendar a discussão e votação do assunto para outra data, desde vez para 27 de Outubro. A "perpetuação" do "vício" cometido pelo presidente é reveladora "de total falta de respeito democrático", lamenta Miguel Fernandes, que se queixa de ter sido atingido nos seus direitos e interesses "legitimamente protegidos", bem como "na honra e dignidade pessoal" como vereador.

Atingido o limite, decidiu "bater com a porta". O líder do CDS concelhio, Jorge Greno, já foi convocado para uma reunião pelo presidente da Câmara, ao final da tarde.

Em cima da mesa, estará a substituição de Miguel Fernandes. Teresa Christo, educadora de infância, é quem se segue na lista do CDS. Entretanto, Ana Vitória Neves informou já que, embora solidária com Miguel Fernandes, se mantém como vereadora.


Diário de Aveiro


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