Falando na cerimónia de imposição de medalhas, no decorrer do 82.º aniversário da associação, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Vagos (BVV) reivindicou para a corporação a aquisição de um “veículo de intervenção musculada”.
Em causa está o surgimento do parque empresarial de Soza, onde vão ser instaladas novas empresas. Segundo o comandante, tal constitui mais um “foco de preocupação” para a instituição, por implicar “cuidados acrescidos” para os bombeiros. De acordo com Miguel Sá, que procura uma solução para o corporação ser dotada daqueles meios, a solução poderá passar por um “compromisso” entre a associação, a Câmara Municipal e as empresas.
Ouvido pelo JB, o presidente em exercício dos Bombeiros de Vagos reconheceu a delicadeza da questão, mas admitiu que a direcção “ainda não recebeu” qualquer pedido do comandante nesse sentido.
“Também não existem, de momento, meios financeiros para tal”, disse Ricardo Fernandes, sublinhando que as obras do quartel, cujo projecto de requalificação foi aprovado pela autarquia, vão absorver todos os fundos disponíveis.
Tanto quanto apurámos, um veículo de combate a incêndio industrial custa mais de 200 mil euros. Na opinião daquele dirigente, a referida viatura deve ter forte auxílio financeiro da autarquia, que “garantiu o licenciamento das empresas e programou o acrescer de riscos na zona industrial”. E também das empresas, que vão usufruir do espaço, e como tal devem contribuir para a sua segurança.
Autenticidade
Das comemorações de mais um aniversário, fez parte o simulacro de incêndio urbano, ocorrido num bloco de apartamentos, na vila de Vagos. Foram accionados todos os meios disponíveis, incluindo quatro equipas de busca e salvamento e elementos da equipa de grande ângulo (salvamento por cabos), para socorrer e resgatar uma dezena de “vítimas”.
Num cenário de grande “autenticidade” foi, ainda, utilizada a auto-escada, tendo sido montada no local uma tenda de campanha, onde foi feita a triagem de alguns casos “mais complicados”. De referir que a tenda foi emprestada para o efeito, pela corporação de Vale de Cambra.
Este ano, como vem sendo hábito, a efeméride foi “descentralizada” para a freguesia de Fonte de Angeão, onde na igreja local foi celebrada missa festiva pelo Pe. João Sarrico.
No final da eucaristia, foram benzidas três viaturas, uma das quais nova. Trata-se de uma ambulância de transporte de doentes (ABTD), que custou cerca de 30 mil euros, e que recebeu o nome do antigo presidente da direcção, e César Mesquita.
Foram, ainda, benzidas uma viatura destinada à direcção e um veículo florestal de combate a incêndio. Este último, foi objecto de intervenção para poder cumprir as normas exigidas pela Tutela, tendo sido baptizado com o nome de Manuel Almeida Ribeiro (Mendes), comandante do Quadro Honorário.
Eduardo Jaques/Colaborador
Diário de Aveiro |