O Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Ciências da Construção (ITeCons) detectou divergências, entre o que estaria previsto no caderno de encargos e o que foi adoptado em obra, na caixilharia do Pólo Escolar de Oliveira do Bairro que “podem colocar em causa a segurança de pessoas e bens”, anunciou na penúltima quinta-feira, durante a reunião de Câmara, Mário João Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro.
Segundo Mário João Oliveira, foi efectuada uma peritagem técnica às caixilharias aplicadas na escola básica e jardim-de-infância de Oliveira do Bairro, cuja empreitada foi efectuada pela empresa Encobarra.
De acordo com o relatório da peritagem, efectuada pelo ITeCons, “existem divergências, no que respeita às caixilharias, entre as peças escritas e desenhadas e as soluções implementadas em obra, desde o tipo de perfis, à actualização de vedantes inadequados, deficiente execução de trabalhos de corte e montagem e acabamentos”.
Durante a reunião de Câmara, Mário João limitou-se a ler parte das conclusões, garantindo que “não deixaremos de ser exigentes em relação a este empreiteiro ou qualquer outro”, pelo que “a autarquia irá exigir o cumprimento do caderno de encargos, junto do empreiteiro que executou a obra”.
Deconhecimento. Aristides Alferes, presidente do Conselho de Administração da Encobarra, disse não conhecer o relatório, sublinhando que “é muito estranho, uma vez que o alumínio do Pólo de Oliveira do Bairro é igual ao da Palhaça e do Troviscal”.
Pedro Fontes da Costa
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