O trabalho de investigação “Mais virtuosidade, mais líderes autênticos: Organizações mais saudáveis, um mundo melhor” desenvolvido pelo Prof. Arménio Rego, investigador e docente no Departamento de Economia, Gestão e Engenharia Industrial da Universidade de Aveiro (DEGEI) acaba de ser distinguido com o Prémio “Agostinho Roseta”.
Globalmente, o estudo pretende mostrar como as virtudes e as forças de carácter dos líderes, assim como virtuosidade organizacional, promovem o bem-estar individual, o bom funcionamento das equipas, o desempenho organizacional e, directa ou indirectamente, a melhoria social.
A investigação premiada envolveu contributos teóricos e empíricos. “Do ponto de vista, teórico, chama-se a atenção para a necessidade de promover boas teorias da gestão – que encarem a gestão do ponto vista ético e das consequências para as pessoas, as comunidades e a sociedade como um todo. Do empírico, o trabalho abarcou estudos que ajudam a compreender o impacto da liderança autêntica e da virtuosidade organizacional em aspectos como a felicidade nos locais de trabalho, os comportamentos de cidadania organizacional, a criatividade, o empenhamento no trabalho e nas organizações, e o capital psicológico”, explica o Prof. Arménio Rego.
O investigador espera que os líderes organizacionais levem os resultados “a peito” e “sejam capazes de encarar as organizações como engenhos do progresso económico e social”. Os resultados serão reunidos em dois livros, em co-autoria com Miguel Pina e Cunha e com Stewart Clegg. O primeiro será ainda publicado este ano, pela editora Actual, intitulando-se “Liderança: a virtude está no meio”. O segundo, no prelo, “Virtues in leaders: Contemporary challenge for global managers”, terá a chancela da Oxford University Press.
O Prémio Agostinho Roseta, atribuído pelo Ministério da Economia e Emprego, destina-se a homenagear as pessoas singulares ou colectivas que, em cada ano, mais se tenham distinguido na implementação e difusão de boas práticas em domínios relevantes para a melhoria e dignificação do trabalho, a melhoria das condições em que o trabalho é prestado, o incremento do diálogo social ou na realização de estudos e trabalhos de investigação sobre estas matérias.
Neste âmbito, o docente Arménio Rego foi já distinguido em 2007, com a investigação “A gestão de organizações positivas: O romance duradouro entre a excelência organizacional e o trabalho com significado”, na categoria de estudos e trabalhos de investigação.
O prémio foi entregue em cerimónia realizada na passada quinta-feira, dia 27 de Outubro em Lisboa.
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