Os partidos com assento na Assembleia Municipal de Ílhavo falam de 2011 como o ano que abre porta ao empobrecimento do país. PS e PCP manifestam desconfiança com a estratégia seguida por Passos Coelho. José Vaz, presidente da concelhia socialista, admite que a filosofia causa estranheza.
“Todos os economistas que conheço me dizem que se não houver medidas de incremento à economia não vamos a lado nenhum. Sou simpatizante da imagem que o Primeiro-Ministro transmite mas fiquei marcado pela frase em que diz que temos de empobrecer. Um país só progride se criar riqueza”.
José Alberto Loureiro, do PCP, concorda que os tempos que se aproximam vão dificultar ainda mais a vida aos portugueses. “Ouço o PM a dizer temos de empobrecer, então, só temos um ano para empobrecer porque o Ministro da Economia anuncia o fim da crise em 2012. Não faz noção nenhuma do que é este país”.
Eduardo Conde, do PSD, acha que a acção do Ministro da Economia deve pautar-se pela discrição uma vez que as mudanças demoram a fazer efeito. “Sou crítico de Ministros que ao fim de dois dias no Ministério estão a dar conferências de imprensa. Se há Ministro que não deve falar é o da Economia porque o prazo no Governo não permite resoluções sustentáveis. É como na Educação.
Lançamos o processo educativo e temos resultados ao fim de 10 anos. Não quer dizer que na economia seja assim mas precisa de tempo. Em Portugal estamos habituados ao imediatismo”. Diário de Aveiro |