A empresa Licínio Ramos Lda entregou na Câmara de Vagos uma proposta de resolução extra-judicial do processo da Lomba do Forte Velho. O empresário de construção civil pede 1,4 milhões de euros, sem prejuízo da acção judicial atualmente em curso. O caso refere-se à venda em 1989 de uma parcela de terreno com cerca de 50 hectares na Freguesia da Gafanha da Boa Hora, tendo em vista um projeto turístico. Os terrenos, em zona de reserva ecológica e mais tarde rede natura, nunca foram desafetados pela autoridade nacional florestal. O empresário, que no inicio entregou na autarquia um sinal para garantir o negócio, exige agora ser ressarcido pela quantia entregue e inviabilidade do negócio. A Câmara vai agora analisar a proposta de acordo extra-judicial e submete-la a reunião de Câmara e Assembleia Municipal sabendo que o valor a pagar pode levar a autarquia a incorrer em endividamento excessivo. Rui Cruz (na foto), líder autárquico, diz que poderia deixar arrastar o caso nos tribunais mas que não é solução para o problema. "Podemos empalear e assobiar para o lado, enquanto não transitar em julgado não existe reconhecimento da dívida, podemos fazer isso mas, chutar isto para o canto não é solução, não é o meu estilo", assegurou. Diário de Aveiro |