A REFORMA DO MAPA JUDICIÁRIO "NÃO PODE CONTINUAR A AFASTAR OS CIDADÃOS DA JUSTIÇA" DIZ ANA SEIÇA NEVES.

A reforma do Mapa Judiciário "não pode continuar a afastar os cidadãos da justiça" mas promover uma aproximação.

Ana Seiça Neves, responsável pela Ordem dos Advogados em Aveiro, teme que o encerramento de Tribunais em Castelo de Paiva e Sever acabe por criar dificuldades à população. Lembra que "há pouco foram feitos investimentos em Sever e que esse esforço não pode perder-se". "A Comarca do Baixo-Vouga implicou a alteração nos próprios edifícios dos Tribunais, gastou-se muito dinheiro e agora não sei o que vão fazer às coisas", sublinhando que "hoje em dia as pessoas não respeitam os Tribunais porque não estão contentes com a justiça e neste momento, por exemplo, os Tribunais não tem seguranças porque dizem que não há dinheiro, não pode ser, é importante ter segurança", afiançou.

"Os advogados tiveram dificuldade em aceitar as alterações impostas, apesar de estarem estabilizadas as situações, já nos mentalizámos que é assim que tem de ser, mas, seria preferível fazer afinações do que alterações tão profundas".

Ana Seiça Neves analisou ainda o trabalho da comarca do Baixo-Vouga. Projecto-Piloto que levantou algumas reacções mas que tem trabalho estabilizado. Ainda assim diz que é possível melhorar. Por exemplo ao nível do Tribunal de Menores com a ligação entre Ílhavo e Aveiro. "Ílhavo fica a oito quilómetros de Aveiro e os problemas verificados ao nível das Gafanhas são tratados em Oliveira do Bairro, ora, faria todo o sentido que as pessoas se deslocassem a Aveiro e não a Oliveira do Bairro", disse.


Diário de Aveiro


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