Desta vez a carta é dirigida ao Primeiro-Ministro. A Associação empresarial de Águeda volta a “manifestar o seu desagrado” e a denunciar o que diz ser “consequências gravosas” das faturas da eletricidade e do gás natural sobre as PMEs.
A estrutura liderada por Ricardo Abrantes estabelece a comparação entre os meses de janeiro de 2010 e 2012 para lembrar que a “atura da eletricidade aumentou cerca de 47% para consumidores empresariais abastecidos em média tensão”e que a “fatura do gás natural aumentou 50% para clientes empresariais com consumos anuais superiores a 10.000 m3”.
Na ótica dos empresários esta subida “constitui um erro gravíssimo” em “contexto de grave crise económica e financeira do país, cujo reflexo é o aumento colossal da taxa de desemprego”. Para Ricardo Abrantes, “a persistência nos preços caros da energia conduzirá o país à ruína”.
Admitindo que o preço da eletricidade poderá refletir “o sobrecusto da Produção em Regime Especial (PRE), designadamente da energia eólica e cogeração”, os empresários de Águeda consideram que “nem as empresas nem os trabalhadores podem ser responsabilizados pelas más opções, tomadas até aqui, em matéria de política energética”.
Sugere mesmo que da mesma forma que o Governo reduziu os salários dos funcionários públicos e mexeu nos rendimentos de todos os Portugueses, deve cortar nos ditos custos da Produção de Regime Especial.
Termina a carta com um apelo à tomada de medidas “que promovam a baixa imediata do preço” a fim de salvar “o que resta das exportações nacionais”. Diário de Aveiro |