O responsável pela Cáritas Diocesana em Aveiro diz que é cedo para falar em insensibilidade do Governo em questões sociais. José Alves admite que está cada vez mais difícil obter apoios mas acredita que o resultado das políticas só se irá conhecer dentro de mais algum tempo. Por agora, admite que às portas fechadas correspondeu a abertura de algumas alternativas.
“Pelo menos para já e, teoricamente, sim. Mas as decisões tomadas carecem da experiência prática de vermos resultados. Se se fecharam portas abriram-se janelas e daí a esperança. Confio no futuro de que as coisas vão melhorar”.
Entrevistado no programa “Conversas”, numa emissão para ouvir às 19h00, José Alves admite que a crise afeta a vida de todas as instituições mesmo das que prestam apoio social. Mesmo as instituições da Igreja, como a Cáritas, confirmam quebra nas receitas.
“É verdade. Não se pode esconder. Estamos cada vez a receber menos donativos sobretudo de empresas que ajudavam e encerraram. As próprias pessoas estão a reduzir donativos e até em termos de protocolos com as entidades oficiais estão a cortar”. Diário de Aveiro |