BURLAS REGRESSAM À BAIRRADA E ATINGEM VALORES SUPERIORES A 42 MIL EUROS

As burlas estão de regresso à Bairrada. Só em quatro casos registados pela GNR, na última semana, foram subtraídos mais de 42 mil euros às vítimas.

O primeiro caso ocorreu em Barcouço, Mealhada, quando um grupo de indivíduos abordou um homem que estava doente e, aproveitando as suas fragilidades, conseguiu convencer a vítima de que era necessário assinar uma letra comercial no valor de 37.500 euros. Neste caso em concreto, fonte policial explicou ao JB estarmos perante um novo tipo de burla, que considera ser mais inteligente, pelo que “os cuidados devem ser redobrados”. “Esta não é de forma alguma a típica burla que todos conhecem, mas, sim, algo mais elaborado, em que os burlistas demonstram ter conhecimentos contabilísticos e bancários”, refere a fonte, sublinhando que “as burlas, deste tipo, se começaram a registar, inicialmente, em Coimbra e agora estão a proliferar na zona da Mealhada”.

O segundo caso aconteceu na freguesia do Troviscal, também na semana passada, quando uma idosa foi confrontada com dois indivíduos, que se fizeram passar por um médico (um homem de estatura alta e magro) e um polícia (estatura baixa e gordo). O dueto explicou detalhadamente à idosa que os euros iriam sair de circulação, pelo que a melhor forma de salvaguardar as economias passaria por trocar todo o dinheiro que a idosa tivesse em casa. A mulher ainda desconfiou dos indivíduos, mas acabaria por ceder e entregou-lhes 3500 euros em dinheiro e cerca de mil em ouro.

Já em Arcos, Anadia, uma mulher sentiu-se burlada na quantia de 180 euros quando aceitou mudar de contrato com uma operadora de televisão por cabo, e o vendedor não deu seguimento a uma promessa de anulação do contrato anterior.

A última burla aconteceu em Tamengos, no valor de cerca de 20 euros, quando uma mulher foi enganada num contrato para aquisição de um telemóvel.

Fonte da GNR apela a todos, principalmente aos mais idosos, que não se deixem abordar por pessoas desconhecidas e que apresentem queixa caso se sintam enganados por algum motivo.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt


Diário de Aveiro


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