Na terceira sessão do julgamento dos dois mestres das embarcações que chocaram, em Setembro de 2009, foi dito que o táxi marítimo “A Alquimia do Mar” navegava com “muita velocidade”.
Ontem, no Tribunal de Aveiro, entre outros passageiros, foram ouvidos dois irmãos, naturais de S. João da Madeira, cujo depoimento foi ao encontro da acusação do Ministério Público (MP), segundo a qual o arguido Manuel Silva tripulava “a uma velocidade superior à permitida no local e que também não lhe permitia em tempo útil efectuar qualquer manobra de emergência ou mesmo parar perante um obstáculo, de forma a evitar um embate”.
André Santos contou que o barco que, alegadamente, colidiu contra aquele em que se encontrava - o “Vera e Cristiana” -, “ia com muita velocidade, porque, quando se aproximou, estava com a proa levantada”. O mesmo deu a entender o seu irmão, Fábio Miguel, que, já antes do acidente fatal, sem prever o que sucederia, comentara “que o Manuel era um acelera”.
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