ÁGUEDA: CRUZ VERMELHA ENFRENTA DIFICULDADES FINANCEIRAS

Num ano em que completa 35 anos de actividade, a Cruz Vermelha de Águeda enfrenta, também ela, um dos períodos críticos da sua história, quando se fala de sustentabilidade financeira de uma instituição que tem como missão central o apoio e ajuda aos mais necessitados da sociedade. O ano de 2011 reflecte bem a realidade de emergência social que também se vive em Águeda, com um aumento significativo daqueles que tiveram que recorrer à Cruz Vermelha para poder usufruir de uma refeição quente. “Só em 2011 servimos na instituição mais de 38 mil refeições, o que denota um aumento muito significativo, quando comparado com 2010”, diz ao Diário de Aveiro César Marques, presidente da instituição.
Outro dado preocupante foi o número de pessoas que tiveram que recorrer ao Centro Comunitário Porta Aberta para pernoitar. “Embora a comunidade local possa não ter uma ideia clara sobre isto, a verdade é que, pelo nosso centro passaram, em 2011, 66 sem-abrigo do concelho de Águeda”, refere o dirigente, dando assim conta do esforço suplementar que a instituição tem feito para dar resposta às crescentes necessidades sociais que resultam de um quadro económico dos mais críticos que o país atravessa.
Mas se os números revelam um acréscimo substancial nos diversos tipos de apoio que a Cruz Vermelha presta, a realidade inversa, acontece nos serviços que geram receitas e que asseguram o equilíbrio financeiro da instituição.


Diário de Aveiro


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