O PCP considera que “o abate de cerca de 20 árvores de grande porte” no jardim do Alboi representou uma “tragédia ambiental” provocada pela maioria PSD/CDS que governa a autarquia. O partido fala numa “acção completamente desproporcionada demonstrando uma completa falta de sensibilidade” e já pediu esclarecimentos por intermédio de um requerimento entregue na Assembleia Municipal.
“Esta situação é tanto mais grave quanto representa uma verdadeira afronta ao chamado Parque da Sustentabilidade onde o jardim está integrado e que pretende ser a obra de regime deste executivo municipal”, refere a comissão concelhia dos comunistas.
O PCP reclama um “rigoroso apuramento de responsabilidade” e quer conhecer os “eventuais pareceres sobre o estado sanitário das árvores”. O partido da oposição tenciona ainda apurar “se foram equacionadas todas as medidas possíveis para lidar com a situação, designadamente em termos de terapia fitossanitária”.
“Num momento em que tanto se fala se sustentabilidade ambiental, em que se gastam enormes recursos para sensibilizar as populações contra a desflorestação e para necessidade de preservar as árvores, em particular no meio urbano, esta acção não pode deixar de merecer o mais vivo repúdio” do PCP.
O executivo chefiado por Élio Maia invocou um “parecer dos técnicos da autarquia” para garantir que as árvores “apresentavam um estado fitossanitário degradado, com podridões severas”, havendo o risco de os choupos “entrarem em colapso” e tombarem. “A opção pelo seu abate procurou evitar situações que colocassem em perigo os cidadãos que habitam e que frequentam o Largo Conselheiro Queirós”, refere a edilidade. Segundo a autarquia, serão plantados na praça 24 tulipeiros.
Diário de Aveiro |