O Conselho Executivo da CIRA (Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro) mostra-se preocupado com a falta de definição do governo em relação ao Programa Polis da Ria de Aveiro. Quando tomou posse, o executivo de Pedro Passos Coelho fez saber que iria reavaliar os quatro programas Polis em curso no país – Ria de Aveiro, Litoral Norte, Ria Formosa e Sudoeste Alentejano -, mas tarda em anunciar uma decisão. Esta indefinição, referem os dirigentes da CIRA, acaba por se traduzir “numa arrastada indefinição no que respeita à possibilidade de serem iniciados novos projectos, concursos e empreitadas”.
“A Polis da Ria de Aveiro tem actualmente 22 milhões de euros de projectos de obras, prontos para serem lançados os respectivos concursos públicos para sua execução”, apontam ainda os responsáveis pela associação inter-municipal.
O assunto esteve em cima da mesa na última reunião do Conselho Executivo da CIRA, realizada na passada segunda-feira. No final do encontro de trabalho ficou o alerta para “a necessidade de execução do Programa Polis da Ria de Aveiro, cuidando activamente da implementação de uma gestão local integrada, autónoma e sustentável da Ria de Aveiro”.
Em declarações ao Diário de Aveiro, o líder da CIRA, Ribau Esteves, reforçou esta ideia de que “o Polis é de capital importância para a Ria”, asseverando que não existem razões que possam levar o programa a não avançar. “O Polis Ria de Aveiro tem sustentabilidade financeira. Tem já 15 milhões de euros depositados na banca”, argumentou Ribau Esteves, ao mesmo tempo que frisava que “não existe qualquer motivo objectivo para que as obras previstas não se façam”.
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