Dois dias depois do presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos, alertar para uma situação de ruptura iminente, o presidente da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro admitiu ao Diário de Aveiro que “os tempos actuais são muito difíceis, com as instituições a serem confrontadas com provações enormes”. Embora alertando para o facto de Manuel Lemos se referir, especialmente, às Misericórdias que têm acordos, ou pré-acordos, com o Ministério da Saúde em função de unidades de saúde mantidas pelas instituições (e que não é o caso de Aveiro), “enfrentamos problemas diárias, com os recursos das famílias a diminuírem, os apelos de ajuda a subirem de forma alarmante e, em paralelo, as comparticipações estatais a não acompanharem esta realidade”. Neste momento, todas as valências da Santa Casa de Aveiro têm lista de espera: o Complexo de Oliveirinha, actualmente com cerca de 250 pessoas, as respostas para a infância, também com cerca de 250 crianças e ainda a valência do Rendimento Social de Inserção, que embora tenha financiamento da Segurança Social para dar apoio a 100 famílias, chega a perto de 200.
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