Aveiro, Cascais e Almada a caminho das "Cidades Inteligentes" do futuro. Três cidades que ocupam o primeiro lugar no índice das cidades inteligentes que acaba de ser conhecido.

Já foi revelado o índice de cidades inteligentes e a forma como será aplicado em Portugal. Este índice serve para "qualificar e quantificar o grau de inteligência urbana das cidades" e vai ser aplicado à rede de 24 cidades que integram o projecto Rener - Renewable Energy Living Lab, o qual visa impulsionar a integração dos agentes no projeto de inovação para a mobilidade elétrica nacional.

Catarina Selada, Directora da área de Cidades e Território, explica que os critérios serão variados. "Ao novel dos edifícios, são edifícios que poderão ser energéticamente mais inteligentes e eficientes, novas formas de mobilidade como as ciclovias e planos de mobilidade sustentável nas cidades", disse.

Os autarcas das cidades médias portuguesas pedem atenção ao Governo e à União Europeia na questão dos financiamentos. Dizem que a Europa não pensa as cidades de forma ponderada e quando se fala em mobilidade as atenções estão nas grandes cidades. Gil nadais, autarca em Águeda com projetos na área da mobilidade, admite que as pequenas cidades estão em desvantagem. "Interessam-se por Lisboa, Londres, mas, uma cidade como Águeda fica à margem, depois, existem dificuldades de financiamento e de aceder a fundos porque os projectos europeus são grandes de mais para cidades médias da Europa", disse numa reportagem da RTP sobre cidades inteligentes. Os resultados da aplicação do índice só serão divulgados em Outubro.

A rede Rener abrange também Sintra, Porto, Loures, Braga, Guimarães, Coimbra, Leiria, Viseu, Setúbal, Viana do Castelo, Torres Vedras, Santarém, Faro, Évora, Castelo Branco, Guarda, Beja, Portalegre, Bragança e Vila Real, que subscreveram o acordo com o Governo português no âmbito da Conferência Internacional sobre Mobilidade Eléctrica, em 2009, criando a rede Mobi.E, para levar à prática o programa para a mobilidade eléctrica nacional.

Catarina Selada considera que, em Portugal, "não temos cidades inteligentes, mas projectos inteligentes nalgumas cidades". Cascais, Aveiro, Gaia e Almada "destacam-se por terem projectos que indicam boas práticas", havendo outras "com boas práticas mais pontuais". Um exemplo é o Inovcity, em Évora, uma rede inteligente de energia que "tem sido muito visitada por equipas técnicas estrangeiras".