ALUNOS APRENDEM A PLANEAR ESTARREJA.

Têm menos de 12 anos mas souberam responder com responsabilidade ao desafio lançado pelo programa EcoEstarreja. Seis grupos de alunos apresentaram os seus contributos ao concurso Planear Estarreja.

A abertura da exposição e sessão de apresentação dos trabalhos a concurso pelos alunos decorreu na Biblioteca Municipal, durante a XI Semana do Ambiente que está a decorrer no Concelho. A sessão contou com a presença do vereador da Educação, João Alegria, e da vereadora da Acção Social, Rosa Simão.

O objectivo da Câmara Municipal foi incentivar os mais novos a reflectir, analisar, aprender e desenvolver as suas capacidades como cidadãos atentos e participativos, com o apoio dos professores e encarregados de educação. A exposição dos trabalhos está patente ao público na Biblioteca.

Depois de uma reflexão e diagnóstico, cada grupo seleccionou uma área de intervenção. “A princípio alguns alunos não sabiam que existiam moinhos em Avanca e pensamos que seria um bom tema para divulgar e tornar os moinhos mais conhecidos”, explica Inês Oliveira, 12 anos, ao justificar a escolha do tema do seu grupo que propõe a criação de uma Rota dos Moinhos, em Avanca, e a reconstrução desse património.

Os estudantes visitaram os moinhos de água e propõem uma visita a pé ou de bicicleta a um conjunto de dez edifícios existentes na Freguesia. O Moinho de Meias, junto à Casa Museu Egas Moniz, recentemente restaurado pela Câmara Municipal de Estarreja, é o primeiro desse roteiro. Para uma divulgação mais eficaz, os estudantes desenvolveram um folheto informativo que apresenta o mapa dos moinhos, propostas de actividades e contactos úteis. Inês deixa o conselho, a visita “pode ser feita a pé ou de bicicleta e em família”.

Os moinhos cativaram Inês e os seus colegas. “Gostávamos que mais pessoas fossem visitar os moinhos e fizessem a rota dos moinhos, que não estão em muito bom estado. Gostávamos que a câmara disponibilizasse algum dinheiro para os reconstruir tornando-os mais apelativos e interessantes”, apela a jovem estudante que faz por “divulgar o máximo possível” o legado patrimonial da sua Freguesia.

A Ribeira do Mourão, recuperada em 2009 pela Câmara Municipal, foi também alvo da análise crítica dos alunos de Avanca. Teresa Ramos, 12 anos, enumerou os objectivos do seu projecto: “tornar a ribeira num espaço agradável para todas as famílias, assegurar a protecção das crianças e captar o interesse dos jovens para a ribeira ter mais público”. A implementação de um café foi uma das propostas sugeridas para atrair mais visitantes à zona ribeirinha.

A professora Alice Fragateiro, que acompanhou os grupos da Escola Egas Moniz, estava orgulhosa no final da sessão. Inicialmente não foi fácil mobilizar estas crianças que têm entre 11 e 12 anos para o conceito do concurso mas no final, “eles agarraram causas, para eles isto são causas”, salienta, e os objectivos foram totalmente cumpridos. “O objectivo era desenvolver o espírito crítico sobre a terra onde eles vivem e um olhar sobre o que poderia ser. O valor do projecto é este e foi conseguido”, garante a docente.


Diário de Aveiro


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