O Bloco de Esquerda insiste na crítica à ausência da vereadora Maria da Luz Nolasco na votação da concessão a privados da totalidade do estacionamento municipal e do direito de superfície para quatro novos parques subterrâneos em Aveiro por 60 anos. Recorde-se que o presidente da Câmara teve de usar o voto de qualidade para fazer passar a deliberação. Isto porque a vereadora Maria da Luz Nolasco ausentou-se da reunião extraordinária realizada na última quinta-feira.
Os três eleitos do PS rejeitaram a concessão por 60 anos, tendo sido esse também o sentido de voto da independente Ana Vitória Neves. Élio Maia foi obrigado a desempatar a votação e esse é o mote para a crítica do BE à ausência da vereadora do PP.
“Pode dar todas as justificações e mais uma mas ausentar-se numa votação de uma concessão de estacionamento por 60 anos é um ato irresponsável. Até porque a geometria do executivo torna este voto decisivo”.
Mas nem só a ausência da vereadora está a motivar a crítica política. O PS é visado por estar contra uma medida que também foi usada no mandato de Alberto Souto para concessionar o parque da praça Marquês de Pombal. Eduardo Feio diz que misturar os dois assuntos é abusivo.
“Pedia alguma seriedade para não se confundir essas concessões. A Marques de Pombal não tem nada a ver com esta concessão. São coisas distintas. Aqui a Câmara está a prescindir de uma receita de um milhão de euros para pagar betão”. Diário de Aveiro |