O PS arrasa a estratégia fiscal da Câmara de Aveiro e diz que a recente confissão do vereador das finanças sobre os efeitos positivos que teria tido na dívida de curto prazo a aplicação de taxas máximas de IMI e Derrama espelha um erro cometido no início de mandato. Raul Martins não poupou a maioria e disse que a Câmara vai aplicar à força o que deveria ter assumido como questão estratégica.
O município de Aveiro poderia estar livre das dívidas de curto prazo que tanta dor de cabeça têm dado à maioria PSD-CDS, deixando fundo de maneiro para quase nada. Para isso, como assumiu o vereador das finanças na Assembleia Municipal, bastaria, nos últimos anos, ter cobrado impostos municipais, como o IMI ou a derrama, nas taxas máximas.
O PS aproveitaria o mote para criticar a coligação. Raul Martins (na foto) acusou a coligação de falta de coragem para agir no momento próprio. E agora poderá ver-se obrigada a subir as taxas na altura mais desfavorável para os cidadãos.
“Naquela altura, se calhar, as pessoas até poderiam pagar um pouco mais e agora vão ser sobrecarregadas quando andam todos com as calças na mão. Devia ter tido medidas corajosas. Não tiveram. Ficaram nas covas. Hoje poderia ser diferente e a Câmara poderia não ter dívidas e, agora, com toda a agente em depressão poderia diminuir impostos. Agora é que ficava bem. O presidente na altura dizia que tinha prometido. Que cumpra agora quando um dia destes for obrigado a andar com as calças na mão a pedir ao Governo para arranjar dinheiro para pagar aos funcionários”.
Raul Martins está mesmo convencido que a Câmara terá de obter um novo empréstimo para conseguir consolidar os seus compromissos mais imediatos e poder suportar as despesas correntes, nomeadamente salários de pessoal. Diário de Aveiro |