A Câmara de Ílhavo já confirmou que vai aderir à linha de financiamento criada pelo Governo e anuncia uma nova era na vida do Município com cortes nos investimentos e despesas. Ribau Esteves diz que é o preço a pagar pela ajuda financeira e que vai marcar a entrada da “austeridade” na vida autárquica de forma mais acentuada.
“Assumimos já que a CMI será candidata ao programa de apoio às economias locais que é uma linha de financiamento de mil milhões de euros para financiar a dívida das câmaras a fornecedores com mais de 90 dias. Tomámos um conjunto de medidas que passam por adiar obras, cancelar eventos, reduzir o orçamento de outros e baixar bastante o apoio a instituições, Juntas de Freguesia e associações em relação às quais os apoios são novos. Nos apoios novos teremos que ser mais comedidos sob pena de cometer graves ilegalidades que vão custar multas à Câmara, eleitos e técnicos. E problemas graves que podem, inclusivamente, ser de foro criminal”.
O autarca de Ílhavo revelou na reunião da última semana, na praia da Barra, que essa formalização do pedido de financiamento vai obrigar a medidas restritivas mas assegura que há questões salvaguardadas sobretudo em compromissos dos quais não será possível abrir mão sob pena de “pagar” um preço mais elevado.
“No equilíbrio entre o que é cumprir a lei e não deixar de cumprir compromissos dos quais não podemos abrir mão por questões de segurança pública, honrar compromissos que poderiam custar mais se não cumpríssemos e questões de imagem e credibilidade institucional da Câmara. É uma fase nova da nossa vida que veio para ficar, seguramente, durante meia dúzia de anos. É um enquadramento novo no âmbito destas operações de resgate financeiro. Esta ata que aprovámos é a formalização final deste conjunto de decisões que tomámos na reunião de 27 de Junho”. Diário de Aveiro |