A Associação para a Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro admite que a conservação de património vai passar um mau bocado com a crise financeira e as políticas para o controlo do défice.
Teme que locais como o Forte da Barra continuem o processo de degradação sem uma intervenção que permita a recuperação do edificado. Paulo Morgado, vice-presidente da ADERAV, falou desses receios em entrevista ao programa “Conversas”. Mas diz que a culpa não é apenas da crise.
“Os dinheiros quando se quer aparecem. Agora com mais dificuldades, mas aparecem. Vai da capacidade das personagens políticas. Não digo que não tenham conhecimento dos valores que têm mas há outras questões que lhes fogem da alçada. Recuperar um edifício não é tem tanto impacto como fazer uma estrada. Isto é legítimo e os políticos tentam agradar. Poderá haver alguma falta de arrojo de algumas das nossas personagens políticas mas isto é geral. Também trabalho em Coimbra e o que se passa cá passa-se lá”, adianta Paulo Morgado.
O engenheiro geólogo adianta que vê na recente inauguração de um espaço de restauração no Oudinot, na Gafanha da Nazaré, um sinal de esperança para outros investimentos na zona do Forte da Barra. Diário de Aveiro |