OVAR: PCP DIZ QUE A COLIGAÇÃO ESTÁ A ARRASTAR O PAÍS PARA O “DESTERRO DA GRÉCIA”.

O PCP de Ovar diz que a coligação está a arrastar o país para o “desterro da Grécia”. Reunida na semana passada, a estrutura vareira manifestou “o seu mais vivo repúdio pelas medidas que o governo do PSD/CDS-PP está a tomar, que vão aprofundar a recessão e tornar a vida de milhões de portugueses num inferno ainda mais atroz”.

É a reação à subida da Taxa Social Única em 7 pontos percentuais que para o PCP “significará o roubo de, pelo menos, um salário a todos os trabalhadores, com a agravante de o governo pretender que esta medida seja permanente”.

A concelhia de Ovar contesta as posições dos partidos de poder e do PS e diz que em cada um há “muito de encenação”. Por isso considera que “é o povo português que pode impedir e derrotar as políticas do governo e dar um novo rumo ao país”. Defende a “renegociação da dívida, nos seus montantes, prazos e juros, para que o país possa dispor de dinheiro para promover o crescimento económico, apoiar a economia real, os micro, pequenos e médios empresários dos diversos setores, criar emprego, garantir o futuro aos jovens, aumentar os salários dos trabalhadores e as pensões dos pensionistas, alargando o poder de compra e o mercado interno, em síntese, melhorar as condições de vida da generalidade dos portugueses”.

O Partido Comunista apela à participação da população em mais uma manifestação, no dia 29 (Sábado), em Lisboa, com organização da CGTP. À escala local, o PCP “considerou muito positiva” a rejeição das pretensões do governo de extinguir freguesias e manifestou “preocupação” pela “perpetuação da crise na Junta de Freguesia de Esmoriz”.

A concelhia aproveitou para analisar o acordo entre a Salvador Caetano e a Airbus Military para a abertura de uma fábrica de produção de componentes para aviões militares em Ovar. O PCP diz que “é manifestamente insuficiente a referência aos potenciais empregos a criar, sem nada se dizer sobre a qualidade dos mesmos” lembrando que no “tempo da escravatura, empregos, trabalho não faltava. O que não havia era direitos nem remunerações”.


Diário de Aveiro


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