Élio Maia responde às críticas dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e diz que não se pode fugir à realidade do país. Lembra que o memorando de entendimento com a Troika obriga a encerrar empresas municipais deficitárias. Adianta que o STAL conhece esse argumentos e até os usa nas suas lutas quando contesta o memorando nacional com a Troika.
“Neste documento preparatório para um encontro promovido pelo STAL, o sindicato dizia que o quadro social é agravado pela proposta de lei do regime da atividade empresarial local. Dizia que fará pairar o espectro do desemprego. A filosofia decorre do memorando a Troika e do documento verde da reforma administrativa. Isto escrito pelo STAL”.
Marques Pereira, PS, já disse que há contradição entre essa imposição da Troika e a cedência de linhas a privados mantendo a Move Aveiro.
“Se por um lado dizem que o novo regime estabelece que a Move Aveiro tem que ser dissolvida, em seis meses, por outro não se compreende que queiram assinar o memorando com um privado por dois anos. Ou acabam com a Move Aveiro ou continua-se com o serviço e faz-se esta espécie de experimentalismo”.
O autarca Élio Maia sublinha que prefere falar verdade e alertar os trabalhadores para as dificuldades previstas. Admite um cenário difícil.
“Quanto aos 70 trabalhadores sem vínculo à função pública, a lei prevê que o Município possa celebrar com essas pessoas contratos a termo certo por seis meses. Depois os municípios estão proibidos de admitir novos funcionários e para abrir concurso para admitir alguém é preciso autorização de 3 ministros. Não é difícil antecipar o que vai acontecer”, responde o autarca adivinhando despedimentos. Diário de Aveiro |