AVEIRO: CARLOS BORREGO DIZ QUE SUSTENTABILIDADE É FULCRAL PARA A CONTINUIDADE DA ESPÉCIE HUMANA.

Para Carlos Borrego, a sustentabilidade não se consegue somente pela imposição de taxas e coimas, porque “não podemos fazer nada sem as pessoas”, tanto mais que ela também depende da “capacidade individual” para resolver as questões que se colocam diariamente.

Depois de historiar as várias “revoluções” que marcaram o desenvolvimento humano, desde a “descoberta da agricultura”, há cerca de 8.000 anos, até ao presente, Carlos Borrego alertou para o fato de estarmos a “chegar à situação em que as alterações são de tal modo rápidas que se pode chegar abruptamente a um ponto em que a espécie humana não se consiga adaptar a essas mudanças e inviabilize a sua continuidade” , ainda que afirme convictamente que “acredito no futuro e acredito que vamos mudá-lo”, e que “nós humanos, não somos uma espécie em extinção”.

Mas, para isso, é necessário reconhecer que “não é possível crescer sempre” e que “temos de saber parar”. O antigo Ministro do Ambiente e professor universitário em Aveiro, Carlos Borrego, deixou uma mensagem aos jovens alunos do curso de Engenharia do Ambiente, dizendo que “o destino está nas nossas mãos. Espero que a vossa geração consiga fazer melhor do que a nossa”.

“Não comas hoje as sementes que vais precisar para as sementeiras de amanhã”. Este provérbio popular, citado por Carlos Borrego, diretor do Departamento de Ambiente da UA, é o cerne do desenvolvimento sustentável e esteve no centro do tema central das primeiras Jornadas de Engenharia do Ambiente intituladas “O novo paradigma Económico e os desafios Ambientais”.


Diário de Aveiro


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