RECLUSO QUE BURLOU QUER PAGAR PELOS CRIMES

“Se fui homem para cometer os crimes, agora sou muito mais homem para os confessar”. Começou assim o depoimento de Paulo Silva, que responde, no Tribunal de Aveiro, por ter burlado instituições bancárias e empresas de crédito em cerca de 100 mil euros, a partir da cadeia.
O arguido, de 42 anos, detido no Estabelecimento Prisional (EP) de Coimbra, engendrou, segundo o Ministério Público (MP), um esquema que passava pela obtenção de empréstimos. Para o efeito, o engenheiro químico, natural de Sever do Vouga, onde chegou a trabalhar numa estação de rádio, e a co-arguida no processo, Sofia Silva, de 34 anos, residente em Águeda, falsificavam documentos para que lhes fossem concedidos créditos. São, agora, acusados de 53 crimes de burla (18 na forma tentada) e 35 de falsificação de documentos.
Aos magistrados, Paulo Silva assumiu, desde o início da audiência, a autoria dos ilícitos. “Peço desculpa ao tribunal. Errei e quero pagar pelo que fiz”, disse.


Diário de Aveiro


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