O presidente da Junta de Freguesia de São Salvador diz que a obra de regeneração urbana não pode ser apontada como culpada pelo definhamento económico das farmácias.
Rufino Filipe diz que a deslocalização de uma das farmácias da Rua Arcebispo Pereira Bilhano, bem no centro da cidade, não está relacionada com as dificuldades de circulação ou estacionamento.
Para o autarca as críticas que surgiram de comerciantes e moradores da Rua Nossa Senhora do Pranto alegando dificuldades no acesso às residências não têm justificação.
“Ninguém obrigou a deslocar a farmácia. Todas as farmácias estão a queixar-se a nível nacional. Há mais duas na rua. Estiveram numa reunião, na Junta, e a proprietária opinou sobre o sentido de trânsito. Têm direito de opinião mas não podem dizer que a farmácia foi deslocada por essa questão”.
Quanto à mudança na rua Sra do Pranto que passou a ter sentido único, entre o tribunal e a rotunda de acesso à A17, Rufino Filipe adianta que não há condições para promover, de novo, o regresso à circulação nos dois sentidos.
“Acho que a única coisa que pode ser discutida é se o sentido é ascendente ou descendente. Aquela rua precisa de estacionamento e tem calibre para estacionamento, tem que ter os passeios e para levar estas duas estruturas só pode ter um sentido. Se é num ou noutro sentido é discutível. Foi o que disse às cerca de 14 pessoas que foram a uma reunião à Junta”.
Ouvido no programa “Conversas”, Rufino Filipe deu sinal positivo à obra de regeneração urbana no centro histórico. Espera que seja ponto de partida para a reabilitação urbana de casas para a zona histórica ganhar nova vida.
“Há muito abandono de casas. As pessoas herdaram mas não vivem cá e as casas ficam abandonadas. Pode ser que isto ajude a criar gosto pela zona em questão e que ajude a que as pessoas requalifiquem a própria casa para utilizar ou para arrendar. A obra naquela zona é sempre uma mais valia em todos os aspetos”. Diário de Aveiro |