Depois de ver o curso de medicina chumbado, a Universidade de Aveiro (UA) procura colocação para os 40 alunos inscritos, todos a frequentar o segundo ano. "A Universidade está em negociações com outras Universidades para a nossa recolocação, no final do ano lectivo", disse Tiago Borges Baptista, Presidente do Núcleo de Alunos do Mestrado em Medicina. Sabendo, há muito, dos obstáculos colocados na acreditação, a UA já nem abriu inscrições para candidatos de primeiro ano. A nota negativa na avaliação surpreendeu os estudantes. "Estávamos empolgados com o curso, o modelo era muito atractivo e estava a funcionar bem", disse, mas, os peritos da Comissão de Avaliação Externa apontaram falta de qualidade no ensino. Consequência das falhas no corpo docente e Plano de Estudos. Tudo isto não será alheio a divergências entre a Universidade de Aveiro e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, que foi chamado para o consórcio que garantia a base científica do curso. Os estudantes esperam que as boas notas possam valer uma transferência para outros estabelecimento sem grandes problemas de equivalências. O curso de medicina da UA foi lançado em 2009 com a presença do então Primeiro-Ministro José Sócrates e pretendia ser inovador na formação de clínicos de competências abrangentes, mas enfrentou sempre resistência dos médicos e dos estudantes de outras escolas. Diário de Aveiro |