ÍLHAVO: PARTIDO SOCIALISTA INSISTE NO ALÍVIO DA CARGA FISCAL. RIBAU ESTEVES DIZ QUE NÃO HÁ MARGEM.

O Partido Socialista continua a lamentar que a Câmara de Ílhavo não tivesse assumido uma medida de exceção em ano de dificuldades para as famílias reduzindo a taxa de IMI. Depois das críticas em reunião de Câmara, agora a crítica em Assembleia Municipal. Pedro Martins salienta que havia margem para baixar a taxa.

"No contexto atual, no meu ver, havia margem para que o Município de Ílhavo deliberar aqui hoje uma redução da taxa. Isso não tem consequências significativas. Para as famílias isso seria uma ajuda. Há casais em que um ordenado mensal vai para o IMI. Por isso, julgo que havia margem para descer a taxa."

Jorge São Marcos optou por falar da derrama. Diz que é difícil considerar que uma redução iria incentivar o investimento.

"A questão das empresas e dos investimentos, em qualquer ponto do país, não vão perguntar qual o valor da derrama. São capazes de querer saber qual o valor do IRC. O caso concreto da derrama é um problema que não é muito significativo. É evidente que podemos dizer que é um incentivo a nível empresarial mas de qualquer maneira, quem investe não se sente prejudicado com este aspeto. Dizer que baixar a derrama incentiva o investimento? Penso que é um bocado difícil dizer isso, mas enfim…"

Na resposta, Ribau Esteves salienta que não havia margem para baixar impostos e taxas. Lembra que facilitar nas previsões tem sido um dos pecados dos sucessivos governos em Portugal.

"Um problema dos Governos do nosso país é que todos erram o planeamento financeiro. E querem também que eu erre o planeamento financeiro? Não, porque eu não erro. Tirar 0,1% ao IMI é retirar da receita do próximo ano quase 1 milhão e meio de euros. Nós não temos condição de tirar um milhão e meio à nossa receita. E não é para fazer obra porque a obra do próximo ano já é muito pouca. Nós temos um conjunto de equipamentos de serviços, de apoio social, de apoio ao desporto e de apoio à cultura que custam muito dinheiro. Perder um milhão e meio de receita seria um ato da maior irresponsabilidade que nós não queremos cometer."

Texto: Afonso Ré Lau
Diário de Aveiro


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