Vítor Silva, autarca do PP em Aveiro durante 15 anos, nos mandatos de Girão Pereira e Celso Santos, diz que não entende as lógicas de distribuição de pelouros no Executivo Municipal de Aveiro. Justifica essa crítica com a chamada de vereadores sem experiência a pelouros de responsabilidade como finanças e planeamento.

Para Vítor Silva, o presidente Élio Maia deveria, ele mesmo, assumir os principais pelouros. “Não sei qual o objectivo. Estive tanto ano na Câmara e nunca funcionei assim. Até pode ser que resulte. Tenho dificuldade em pronunciar-me. Planeamento e finanças nunca deviam sair da mão do presidente mas isso sou eu a pensar. Com base na experiência de autarca penso que são pelouros demasiado importantes para que não estejam sob alçada permanente do presidente. Sobretudo numa situação em que a Câmara está com dificuldades financeiras por isto na mão de quem nunca por lá passou, tenho dúvidas”, afirma Vítor Silva em entrevista ao programa “Conversas”.

Militante do PP, o antigo vereador tece ainda críticas à forma como foram distribuídos os pelouros e as pastas entregues ao PP. Para Vítor Silva são pastas sem visibilidade. “Também tenho dúvidas sobre isso. Acho que os lugares não foram bem negociados. Acho que o PP ficou com pelouros de gabinete sem visibilidade e isso é mau”, sublinha Vítor Silva numa entrevista que está centrada nos 128 anos dos Bombeiros Velhos de Aveiro, instituição liderada pelo antigo vereador. A entrevista de Vítor Silva ao programa “Conversas” pode ser ouvida, às 19h00, na Terra Nova