Cerca de 80 sócios do Beira-Mar, reunidos em Assembleia-Geral, perceberam as dificuldades pelas quais passa o clube no actual momento. A Comissão Administrativa, liderada por António Regala, analisou o seu trabalho, considerado positivo pela Assembleia, concluindo que, neste momento, a capacidade económica é nula. Acrescenta, mesmo, que não há dinheiro para terminar a época de futebol.
Sobre a renegociação de protocolos com a Câmara Municipal de Aveiro, não foi afirmado qualquer avanço. Uma reunião inicial e troca de correspondência não resultaram, tal como era pressentido pelo Beira-Mar.
A Assembleia conheceu um tom mais “acalorado” quando se abordou a questão da Sociedade Anónima Desportiva. Vozes a favor e contra deram o seu contributo sem qualquer solução, adiando o assunto para uma próxima Assembleia-Geral.
Entre os presentes, ouviu-se José Cachide a justificar as actuais penhoras, salientando que nem anteriormente, nem em termos futuros, serão penhoradas receitas do clube. A última decisão coube à Comissão Administrativa que aceitou manter-se em funções até à próxima Assembleia-Geral.
O presidente da CA, António Regala, afirma que “temos de continuar até à próxima Assembleia-Geral, mas com todos os avisos que aqui foram deixados. A situação económica do clube continua a ser péssima e carece de uma solução. Mediante o que acontecer na próxima assembleia, onde pode ser encontrada a solução, tomaremos uma decisão definitiva que pode ser até as eleições para uma Direcção. Mas, até lá, não podíamos deixar o clube desamparado”.
Os sócios do Beira-Mar irão reunir em breve para votar a participação do clube numa Sociedade Anónima Desportiva para o futebol. Diário de Aveiro |