O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acusa o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga de estar a preparar o despedimento de cerca de duas dezenas de trabalhadores, na sua maioria enfermeiros, e diz que essa operação vai colocar em causa os serviços.

Considera a atitude “imprudente e despropositada” e diz que “a concretizar-se colocará em causa o normal e regular funcionamento dos serviços onde estes enfermeiros exercem as suas funções, com claros prejuízos para a qualidade e segurança dos cuidados de enfermagem que serão prestados aos utentes”.

Segundo adianta o sindicato, os enfermeiros, que exercem funções há algum tempo, nalguns casos há 6 anos, através de subcontratação com recurso a recibos verdes, terão recebido a notificação do despedimento via e-mail para uma realidade que entra em vigor na próxima terça-feira (dia 1 de Janeiro de 2013).

Entre os casos que podem complicar a atividade, o SEP fala do Hospital Distrital de Águeda (parte integrante deste Centro Hospitalar) onde estará previsto o despedimento de 5 destes enfermeiros. Adianta que o serviço de Medicina ficará em “situação de carência grave de horas de cuidados de enfermagem” agudizando um quadro “que já hoje se verifica”.

Adianta, ainda, que neste serviço, a 31 de Dezembro de 2012, o volume de horas em débito aos enfermeiros ronda as 2.894 horas (correspondente a 20 meses de trabalho de um enfermeiro a 35 horas semanais). Admite que o despedimento de 5 enfermeiros “fará com que só no mês de Janeiro os enfermeiros realizem mais 566 horas (trabalho de 4 enfermeiros) do que seria normal realizarem.

Hoje foi manhã de concentração à porta do hospital Infante D. Pedro à espera do contacto com a administração do Centro Hospitalar.