AUTARQUIA GARANTE REPLANTAÇÃO
DAS ÁRVORES PERDIDAS

Depois do temporal do dia 19, com ventos ciclónicos a espalharem a destruição pela região, é tempo de proceder a limpezas, repor a normalidade e definir estratégias para superar os estragos. No concelho de Aveiro uma das grandes perdas vai para a mancha verde e de acordo com um primeiro levantamento realizado pela autarquia já está confirmada a perda de 174 árvores, por todo o concelho, com especial destaque para o Parque Infante D. Pedro, onde caíram por terra 52. De acordo com a arquitecta paisagista, Celeste Maia, este número deverá aumentar substancialmente nos próximos dias, porque a avaliação que está a ser feita aponta para um conjunto alargado de árvores que ficaram bastante fragilizadas, algumas inclinadas, e que têm que ser retiradas por questões de segurança. O parque é disso exemplo e “por se tratar de uma zona muito densa e com um grande emaranhado de árvores, só depois de uma avaliação exaustiva ao local podem ser definidas quais as árvores que não garantem segurança e, por isso mesmo, devem ser cortadas”, referiu ao Diário de Aveiro. Nesta zona nobre da cidade, não resistiram à força do vento eucaliptos (um deles era passagem obrigatória para visitas escolares devido à sua dimensão), choupos, tílias, ficus, castanheiro-da-índia, cedros, ligustrum, acácias, palmeiras e prunus laurocerasus. Sem memória de uma tempestade tão devastadora, Celeste Maia prevê que só daqui a duas décadas será possível repor a mancha verde que se acaba de perder. A longa idade, o mau estado de saúde ou o solo inadequado, estão no denominador comum da mancha verde que se perdeu, mas a arquitecta alerta “perante a força brutal do vento, perdemos também árvores novas e saudáveis. Não há nenhum critério”.


Diário de Aveiro


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