AVEIRO: “DEIXEM-NOS TRABALHAR”, PEDIU VICE DA CÂMARA

Carlos Santos, vice-presidente da Câmara, recusou as acusações de eleitoralismo que têm sido dirigidas à coligação PSD/CDS pelos partidos da oposição. “Temos legitimidade até ao fim do mandato”, disse a propósito de um conjunto de pavimentações ordenado pelo executivo de Élio Maia para os meses anteriores às eleições autárquicas. “Deixem-nos trabalhar”, pediu na última Assembleia Municipal em resposta aos partidos da esquerda.
No total, a autarquia prevê 74 obras de requalificação da rede viária, algumas realizadas pelas juntas de freguesia no âmbito de acordos de delegação de competências. O calendário das empreitadas não foi ditado pela proximidade das eleições municipais, garantiu o vereador. “Não estou minimamente preocupado com as eleições”, afirmou. “Faremos o nosso trabalho e depois os aveirenses que tenham bom gosto e que metam cá quem entenderem”, acrescentou Carlos Santos.
Élio Maia também entrou na discussão, mas para dizer que gostaria de ter feito “mais obra”. Isto depois de ter sido interpelado sobre vários projectos municipais que não estão a ter o andamento previsto. De Filipe Guerra, do PCP, partiram reparos sobre o atraso no arranjo da Rua João Mendonça, o estado do barreiro ou a “situação insuportável” das estradas. Já João Pedro Dias, do BE, assinalou que o Teatro Aveirense “está a definhar”.
Perante o rol de críticas, Élio Maia lembrou os constrangimentos financeiros que condicionam a actividade camarária. “Eu também gostava de ter um BMW ou uma casa de campo”, ironizou. Mais tarde, e numa crítica velada ao trabalho do socialista Alberto Souto, que a coligação PSD/CDS sempre acusou de despesismo, perguntou: “Ainda não aprendemos a lição?”


Diário de Aveiro


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