EXAMES NACIONAIS: PROTESTO RUIDOSO ÀS PORTAS DA MÁRIO SACRAMENTO

Em dia de greve de professores, Aveiro foi espelho daquilo que aconteceu um pouco por todo o território nacional. Houve estabelecimentos de ensino a funcionar a meio gás, com grande parte dos estudantes a não conseguirem realizar a prova, mas também houve escolas a funcionarem normalmente, assegurando a todos os alunos a realização do exame de português. Um dos casos mais complicados viveu-se na Escola Secundária Mário Sacramento, onde as várias dezenas de alunos que ficaram privados de realizar o exame se mobilizaram num protesto ruidoso. Ali mesmo ao lado, na Secundária José Estêvão, o exame decorreu com toda a normalidade.
A confusão instalou-se na Mário Sacramento assim que se soube que, das 14 salas onde deveriam estar a ser realizados os exames, apenas uma iria funcionar. Dezenas de alunos ficaram, assim, privados de realizar o exame nacional, por falta de professores vigilantes. Os estudantes ainda tentaram invadir a única sala em funcionamento, mas foram, prontamente, controlados pelos responsáveis do estabelecimento de ensino. Mobilizaram-se, depois, para um protesto ruidoso, mesmo junto à janela da sala de aulas onde pouco mais de uma dezena de alunos prestavam provas.
A PSP de Aveiro foi chamada ao local para controlar o protesto dos alunos. Não obstante a presença policial, os estudantes mantiveram o ruído – com buzinas de carros, cânticos e tambores – ao longo das duas horas e meia que durou o exame. “Aveiro é nosso” e “Grândola, vila morena”, foram algumas das canções ecoadas pelos alunos que ficaram privados de fazer o seu exame.


Diário de Aveiro


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