“Comparando os valores do ano corrente com o histórico dos últimos dez anos, destaca-se que se registaram menos 33 por cento de ocorrências relativamente à média verificada no decénio e que ardeu menos 69 por cento do que o valor médio de área ardida no mesmo período”, refere o último relatório provisório de incêndios florestais do ICNF.
O instituto precisa que de “um total de 9.529 ocorrências (1.430 incêndios florestais e 8.099 fogachos) resultaram 30.989 hectares de área ardida, entre povoamentos (11.240 hectares) e matos (19.749 hectares)”.
Em 2012, no período entre 1 de Janeiro e 15 de Agosto registaram-se 14.772 ocorrências, das quais 3.275 foram incêndios florestais (mais 1.845 que no corrente ano), e a área ardida foi de 72.281 hectares (mais 41.291 hectares que no mesmo período de 2003).
Segundo o ICNF, o distrito com maior número de ocorrências até 15 de Agosto foi o do Porto (3.006), seguido pelo de Braga (910), Viseu (858) e Aveiro (774).
No entanto, Bragança foi o distrito com mais área ardida, 13.360 hectares de espaços florestais, cerca de 90 por cento dos quais (11.980) resultaram do maior incêndio registado em Portugal naquele período, o de Picões (Alfândega da Fé), que começou a 9 de Julho e durou dois dias.
O relatório provisório indica que até à data se registaram “33 incêndios com área ardida em espaço florestal maior ou igual que 100 hectares”, que “consumiram 22.750 hectares de espaços florestais, ou seja, cerca de 73 por cento do total da área ardida”.
Entre os incêndios com uma área ardida superior ou igual a 1.000 hectares, encontram-se, além do de Picões, o de Castelo (Moimenta de Beira) com início a 1 de Agosto e que consumiu 1.200 hectares do distrito de Viseu, o de Romãs (Sátão) no mesmo distrito em que arderam 1.283 hectares e que começou a dia 12 de Agosto e o de Moreira de Rei (Trancoso, distrito da Guarda) que se iniciou a 11 de Agosto e consumiu 1.000 hectares.
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