“Tenho confiança no Estado de Direito e por isso não estou preocupado com pequenos obstáculos no meu caminho”. A declaração é de Majid Pishyar ao site do Beira-Mar a poucos dias do julgamento do processo da insolvência da SAD do Beira-Mar pedida pelo clube. Esse encontro no Tribunal do Comércio está marcado para dia 15. O presidente da SAD do Beira-Mar, Majid Pishyar, falou para dizer que a situação vivida “não é diferente da situação da época passada” salientando estar “a trabalhar da mesma forma, com o mesmo número de pessoas no nosso departamento administrativo”.
À direção do Beira-Mar, liderada por António Regala, refere-se como “parceiros”, “pessoas que há dois anos socorri com a minha contribuição financeira”, acusando a equipa diretiva de ter tentado “colocar alguns obstáculos no dia-a-dia do nosso projecto, mas parece que se esqueceram de que Roma e Pavia não se fizeram num dia”.
Pishyar refere que o projeto “é de longo prazo e quem quiser contestar isso está convidado a ler o contrato que assinei com os meus antigos parceiros”. Na entrevista ao site desvalorizou os atritos entre dirigentes.
“Não vou dar muita importância a pequenos obstáculos que têm sido criados no meu projeto. Não teria chegado tão longe na vida se tivesse medo de desafios ou de obstáculos. Tenho negócios e interesses comerciais numa dúzia de países pelos cinco continentes e em todos há desafios. O desafio é o que nos impulsiona para o sucesso”.
Com a equipa mergulhada nos últimos lugares da classificação na II Liga, Majid Pishyar diz que ao fim de 10 jogos já é possível ter uma ideia sobre a situação de qualquer equipa.
“Acredito que já conhecemos as nossas virtudes e também as nossas limitações. Tivemos várias saídas e completámos o plantel muito tarde, mas jogo após jogo vemos sinais de evolução. Temos um plantel ainda mais jovem do que o do ano passado, mas igualmente com bastante talento, pelo que devemos aproveitar o entusiasmo da juventude. Creio que isso deve ser uma das nossas vantagens e por isso quero pedir aos nossos atletas para darem tudo em campo. Disputar todos os lances com coragem e não ter medo do contacto, da disputa. Fisicamente devemos superar os nossos adversários. Essa é a chave”.
Pishyar deixou uma palavra de elogio ao capitão Jaime e aos treinadores pela liderança do grupo.
“Em primeiro lugar, a nossa equipa técnica. Todos são antigos jogadores do Beira-Mar. Isso é um ativo e os nossos jovens jogadores devem aprender com eles o espírito do Beira-Mar. Fico muito satisfeito por ver um grupo do passado à frente da equipa. Isto é a identidade do Beira-Mar e é o que gosto de ver. O segundo aspeto que me tem agradado é o de constatar que, como anteriormente, temos uma pessoa incrível como capitão. O Jaime já mostrou o seu carácter na época passada e tem de ser um modelo para os novos jogadores. Finalmente, temos um bom número de jogadores oriundos das nossas camadas jovens. Isto deve ser um orgulho para a equipa e para os adeptos”. Diário de Aveiro |