Diário de Aveiro: Acaba de ser reeleito presidente da Câmara Municipal, ganhando mesmo mais um mandato no executivo (5-2). Era este o resultado que esperava?
Gil Nadais: Vimos ser reconhecido o trabalho realizado até aqui. As pessoas não se deixaram influenciar por uma campanha idealizada pelo PSD, em que se dizia que não se fazia nada nas freguesias. Nós aproveitámos um quadro comunitário de apoio que tinha fundos para a cidade, e que privilegiou as obras de regeneração da cidade, mas também fizemos obras nas freguesias. Contudo, não foi essa mensagem que passou, por parte de alguns presidentes de Junta. Sobre os resultados propriamente ditos, tivemos uma votação significativa, sem dúvida. Aumentámos o número de mandatos, sabendo nós que era difícil isso acontecer. Eu pretendia isso, mas não era um objectivo, porque tínhamos uma coligação (PSD/CDS) a concorrer. Sempre esperei ganhar, mas ter mais um vereador não era certo. Penso que tivemos uma grande vitória em termos de freguesias e isso significa que temos feito obra nas freguesias.
Como explica que a maioria das juntas continue a estar nas mãos do PSD (sete contra quatro do PS)?
Existe um factor local que contribui para este resultado. Mas é preciso lembrar que, por exemplo, em Fermentelos ficámos a cinco votos de ganhar a junta, o que é significativo. O que faltou foram os votos e essa é a realidade… Mas é bom não esquecer que ganhámos pela primeira vez Aguada de Cima.
Em termos de Executivo, o PS passa a ter cinco elementos, contra os quatro do mandato anterior. Que implicações tem este reforço na estrutura de funcionamento do Executivo Municipal?
Vai provocar alguns acertos, que ainda não estão definidos. Mas nada de muito profundo. O novo vereador, Edson Santos, exercia as funções de chefe de gabinete, mas acumulava outras funções que eram delegadas por mim, e que exercia muito bem. Como tal, serão essas as áreas que irá desempenhar agora, sendo o seu responsável directo, como é o caso da área financeira.
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