António Saraiva lembrou que é defensor de "um regime único" para todos os trabalhadores, mas subscreve que seja mantida a prática de 2013, uma vez que as empresas "já se adaptaram" a este sistema. "As empresas já absorveram este sistema. No início foi mais doloroso, porque quem processa salários compreenderá que dando opção aos trabalhadores, em que uns optam por receber outros por não receber, é uma confusão generalizada, mas tenho que reconhecer que as empresas já fizeram essa absorção de sistema informático", disse o presidente da CIP.
Na prática, no sector privado mantém-se assim o regime aplicado este ano, que dá a possibilidade aos trabalhadores de escolherem o pagamento de metade dos subsídios (de Natal e de férias) em duodécimos.
Saraiva falava à margem da reunião de Concertação Social, de onde se ausentou um pouco mais cedo, que conta com a presença dos ministros Mota Soares, António Pires de Lima e Assunção Cristas.
O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho esteve também na reunião de hoje para uma informação prévia aos parceiros sociais sobre o Conselho Europeu, que decorrerá na quinta e sexta-feira em Bruxelas.
No final da reunião, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, confirmou a decisão do Governo de prorrogar o pagamento dos subsídios em duodécimos por opção do trabalhador, lembrando no entanto que defende "um regime único" para todos os trabalhadores.
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