De novo a questão da proteção de terrenos agrícolas no Vouga. Desta vez o rombo acontece em Eixo com o PS a pedir uma intervenção acelerada. A Câmara já disse que o Governo tem responsabilidade mas não tem dinheiro e procura uma alternativa de financiamento.
O "rombo" na margem esquerda do Rio Vouga, em Eixo, impõe, urgentemente, trabalhos de recolocação do talude. Caso contrário, ficarão novamente em risco as culturas numa área de 2500 hectares.
O vereador Eduardo Feio levantou o assunto na primeira reunião pública do executivo, retomando alertas deixados na campanha eleitoral.
“Chamava a atenção e fazia este apelo uma vez que há responsabilidades partilhadas entre a administração central e local. Se algo não for feito rapidamente os terrenos férteis do Vouga podem perder-se”.
Ribau Esteves, presidente da Câmara, está a par do problema, mas lembrou que tem de ser a administração central a intervir. Mesmo assim, a prioridade é encontrar o financiamento para o custo estimado do projeto, cerca de 60 mil euros, e depois conseguir uma forma de assumir a obra.
“O nosso rombo tem projeto feito. A responsabilidade é clara. A Agência Portuguesa do Ambiente tem projetos para Eixo e Albergaria mas o Governo não tem dinheiro. Estamos à procura de solução. O fundo de recursos hídricos tem dotação para estas obras a 100% mas, também, podemos assumir a obra em nome de... mas aí vamos a outros problemas de incumprimento da Câmara. Em próxima reunião falarei sobre isto”.
Em 2006, o Vouga sofreu rombos mais graves, o que motivou uma intervenção imediata ao abrigo de um entendimento envolvendo a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e a a Junta de Freguesia de Eixo.
Este tema esteve presente na campanha eleitoral para as autárquicas com mobilização dos candidatos à Câmara de Aveiro e às Juntas de Freguesia (foto de arquivo). Diário de Aveiro |