ALBERGARIA: ALUNOS DE TEATRO DA JOBRA INTERPRETAM PERSONAGENS DE VÁRIAS PEÇAS DE GIL VICENTE.

Os alunos de Teatro do Conservatório de Música da Jobra apresentaram um espetáculo assente em personagens de várias peças de Gil Vicente e dizem que a presença de 500 pessoas no público confirma o sucesso da iniciativa. Este II espetáculo anual de teatro do Conservatório de Música da Jobra (CMJ), intitulado “Retalhos Vicentinos”, foi apresentado no Cineteatro Alba.

“Apesar dos textos de Gil Vicente apresentarem uma escrita complexa, com o apoio dos professores decifrámos todos os enigmas, o que facilitou o trabalho. Quanto à minha personagem foi um grande desafio concluído com sucesso”, desvenda Ana Carvalho do 12.º ano do Curso Profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação. “Fiquei fã de Gil Vicente, a escrita dele é muito irónica e divertida. Este espetáculo teve um significado muito especial para mim, pois é o meu último ano no CMJ”, explica.

Esta foi a primeira vez em que Luís David subiu a um palco e confessa que foi muito gratificante. “Para além de termos aprendido com os colegas mais velhos, agora somos muito mais unidos”, confessa. Luís diz que subir ao palco é “uma sensação muito boa, quando subo ao palco esqueço tudo o resto e interpreto o meu papel”. O aluno tem 15 anos, é natural de Vagos, frequenta o 10.º ano do Curso Profissional de Artes do Espetáculo – Interpretação e confessa que o teatro é a sua grande paixão. “O meu sonho é ser ator e guionista e sei que o CMJ me vai ajudar neste percurso”.

Para Raquel Durão, aluna do Curso Livre de Teatro do CMJ, subir ao palco do Cineteatro Alba não foi uma novidade. “Foi muito bom voltar a pisar aquele palco, fez-me crescer e ajudou-me a interpretar personagens diferentes. Conheci novos colegas e aprendi novas técnicas de trabalho. Gosto muito do que faço e quero continuar a subir ao palco e viver novas experiências”.

Para a Direção do CMJ, “a entrega ao Teatro no CMJ é indiscutível” depois de “várias semanas de preparação, ensaios intensos, muitas emoções e, sobretudo, experiências pedagógicas únicas, capazes de catapultar a paixão e a ambição de todos para um contexto de palco fundamental ao crescimento e desenvolvimento de seres humanos mais capazes, mais críticos, mais participativos, mais sensíveis ao que os rodeia, mais cultos”.


Diário de Aveiro


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