Segundo Eduardo Brito Henriques, presidente da Comissão Directiva do POR Lisboa, o acordo de parceria para o período entre 2014 e 2020 para a região prevê um “envelope muito mais vultuoso do que esteve alocado à região entre 2007 e 2013”.
“Estaremos a falar de uma passagem para mais de 800 milhões de euros, quando o Programa Operacional regional anterior era de 306 milhões de euros”, afirmou o responsável à agência Lusa, explicando que se se considerar apenas o POR, o aumento é “para bastante mais do dobro”, mas somando o PO com o POPH o incremento é de 40%.
Falando à Lusa após a sessão pública anual de divulgação de resultados do POR de Lisboa, Eduardo Brito Henriques sublinhou que as contas não podem ser feitas de forma directa, porque o POR 2007-2013 era monofundo e o programa 2014-2020 vai ser multifundo.
“À quantidade de FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) temos de somar FSE (Fundo Social Europeu), que em 2007-2013 esteve no POPH, explicou.
Brito Henriques notou que “Lisboa concentra alguns dos sectores mais inovadores, com maior produtividade, com maior valor acrescentado, que contribui mais para a internacionalização da economia portuguesa”.
“É na região de Lisboa que se concentram os recursos humanos mais qualificados do país, que está o sistema científico e tecnológico do país”, acrescentou.
Por isso, numa “lógica de desenvolvimento nacional, tem que haver uma aposta na região, que concentra estes recursos, porque eles depois reproduzem-se e difundem-se para o conjunto do território nacional”.
Para o responsável da CCDR, deveria destacar-se as “sinergias e as vantagens, que este aumento pode significar para as outras regiões na possibilidade de estabelecer novas redes e parcerias”.
Brito Henriques precisou ainda que entre os POR, o da região Norte continua a ser o mais volumoso financeiramente.
“A desproporção entre o POR do Norte e do Centro e da região de Lisboa é enorme e vai-se manter enorme, não contesto que haja essa diferença porque estamos a falar de uma política de coesão: considero adequado que as regiões menos desenvolvidas beneficiem de um apoio majorado”, comentou.
O dirigente sublinhou que em causa estão incrementos relativos e por isso não há um “benefício da região de Lisboa em detrimento de outras regiões”.
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