O DIA SEGUINTE DE QUATRO VIDAS QUE "DESMORONARAM" NA BEIRA MAR

Um amontoado de entulho. Na frente do edifício que na terça-feira ruiu na rua Antónia Rodrigues a imagem é desoladora. Nada mais resta do que um monte de madeira, e pedras intercaladas com partes de mobília, ou louças partidas.
Perante aquele cenário, o que mais impressiona é que não tenham resultado vítimas graves, quando havia três pessoas no edifício quando as paredes cederam. Ao final da manhã de ontem, proprietários do edifício, familiares dos habitantes desalojados, o dono da obra no terreno ao lado, e alguns curiosos encontravam-se no local a acompanhar as operações coordenadas pela Protecção Civil. A preocupação geral virava-se para os moradores, entretanto colocados em casas de familiares.
No meio de olhares, sobressaía a azáfama de José Reis, que entre uma ou outra palavra trocada, carregava aquilo que os bombeiros iam conseguindo tirar do interior da sua casa. José Reis é uma das quatro pessoas que viu a vida ruir, e que por cerca de meio metro não o deixou debaixo dos escombros.


Diário de Aveiro


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