CAMIONISTA REJEITA CULPA
NO CHOQUE EM CADEIA NA A25

“Não conduzi negligentemente nem com falta de atenção”. Foi com esta frase que o motorista acusado de ter provocado o segundo choque em cadeia da tarde de 23 de Agosto de 2010, iniciou o seu discurso, ontem, no Tribunal de Aveiro.
R.G. recusou qualquer responsabilidade na tragédia ocorrida cerca das 16.15 horas, sentido Viseu/Aveiro, perto do nó de Talhadas, contrariando a acusação ao garantir que reduziu a velocidade de 90 para 50 km/h e que nem assim conseguiu evitar as colisões. Contudo, após alguma insistência por parte da juíza-presidente, acabou por admitir que se o camião circulasse a uma velocidade inferior à que circulava, os danos poderiam ter sido minimizados.
O arguido, de 33 anos, residente no concelho de Oliveira do Bairro, responde por três crimes de homicídio por negligência e quatro de ofensa à integridade física. O Ministério Público defende que, por não ter adequado a velocidade às condições da via, embateu em três automóveis, desencadeando um choque em cadeia que causou três vítimas mortais - entre elas uma criança -, vários feridos e estragos em duas dezenas de veículos.


Diário de Aveiro


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