Diário de Aveiro- Passados seis anos, acha que o Centro Cultural de Ílhavo já faz parte da vida dos ilhavenses e não só?
José Pina- Sim. Não tenho dúvidas que passados estes seis anos desde a abertura, o CCI está implementado e conquistou o seu espaço na comunidade local. O fluxo de públicos, de entidades do território (associativas, privadas, públicas) que procuram os nossos serviços, que visitam o nosso espaço e que participam nas diferentes acções programadas demonstram esse facto. Simultaneamente, constitui-se como um elemento importante no desenvolvimento da economia local, desde o comércio à restauração, passando pela hotelaria, entre outos sectores.
Nota que, com o passar do tempo, esta casa de cultura tem vindo a formar, de facto, públicos?
A formação de públicos não é um trabalho simples nem de resultados imediatos. Depende de uma estratégia definida, da estabilidade e da coerência nas equipas e nos modelos de gestão e de uma programação implementados. E para tudo isto é necessário tempo. Temos de ser persistentes e acreditar no trabalho desenvolvido, percebendo que os resultados não são instantâneos. Neste momento, sentimos que a acção do CCI tem permitido criar hábitos regulares no acesso aos conteúdos apresentados e aumentar a consciência crítica e o grau de exigência relativamente aos mesmos. Hoje, fruto do trabalho desenvolvido, temos públicos muito fidelizados e disponíveis para participar nos projectos apresentados. É importante referir que isto só é possível porque tem existido uma aposta estratégica por parte da Câmara Municipal de Ílhavo na área da cultura, nos últimos anos, e que a mesma irá continuar com o novo executivo.
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