ÍLHAVO: MAIORIA APROVA REVISÃO DO PDM. PS E BE VOTAM CONTRA.

O Partido Socialista de Ílhavo reprovou a proposta de Revisão do Plano Diretor Municipal apresentada pela Câmara Municipal. O debate foi mantido na última reunião da Assembleia Municipal e o documento foi aprovado pela maioria com os votos do PSD e do PP e abstenção do PP.

A bancada socialista alega que foram criadas expetativas que não são cumpridas pelo documento “ao nível da estratégia para o desenvolvimento urbano e económico, através da promoção das atividades económicas tradicionais ou de nova geração, através do incremento do turismo, bem como da resposta às preocupações ambientais e de desenvolvimento sustentável”.

“A proposta de revisão do PDM não prevê mecanismos estratégicos que dêem coesão territorial e continuidade lógica ao território do município, bem como às suas diversas dimensões, desde o turismo, economia, ocupação do território, mobilidade, estruturação de redes ecológicas e outras mais”.

O PS questiona a maioria sobre a “eventual extemporaneidade desta revisão do PDM” argumentando que a autarquia “pretende apresentar um Plano Estratégico para o Concelho de Ílhavo daqui a um ano” e o PDM vai estar “finalizado antes dessa visão estratégica estar definida”.

Hugo Rocha, do PP, regista o trabalho de técnicos da autarquia elogiando sobretudo a visão deixada para o futuro do turismo no Município ao enquadrar a Marina da Barra. “Sem dúvida que estamos num concelho que tem o mar e a ria por tradição. Uma marina da barra, com maior porte, trará mais turistas. Isso é bom para o desenvolvimento. Um plano destes procura consolidar o concelho e potenciar. Acho que é um grande trabalho feito pelos técnicos”.

Pedro Tavares, do BE, questiona os princípios seguidos e dá como exemplo o caso da Coutada e a ocupação do terrenos para o Parque da Ciência. “O que não aceito é que se pense um desenvolvimento sem olhar à qualidade de vida das pessoas. Acho que é bom trazer inovação e turismo mas em primeiro lugar temos que pensar nas pessoas que estão e sempre estiveram nos locais e que não podem ser espoliadas dos seus bens em função dos interesses pessoais de outros”.


Diário de Aveiro


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